terça-feira, 2 de março de 2010

Desastre: Parte Única

 
Dizem que as perguntas sempre são as que movem o mundo, só que ninguém percebe que não são só as perguntas que fazem o mundo girar, mas sim, o “par” perguntas e respostas que estão sempre na nossa vida. Pensando melhor nisso tudo, tudo fica mais claro. Se for pensar em cada coisa, cada sentimento que age em conjunto, ficaríamos loucos. Tipo o amor e o ódio; muitas pessoas se apaixonam quando antes  tem aquele ódio, não o ódio corrosivo, mas o ódio bom (se é que existe). Tudo age em conjunto. Mesmo sabendo que para as perguntas são necessárias as respostas, por que nós ainda conseguimos fazer aquelas perguntas que não existem resposta naquele certo momento? Aí nos torturamos procurando uma resposta, mas ela sempre demora a aparecer, demora, e muito. E quando não sabemos essas respostas imediatamente vem a tristeza, e se for alguma coisa que nós precisamos e muito pra viver, vem até a depressão. Nos transforma na pessoa mais infeliz e deprimente da face da terra. Tudo o que é de ruim e que agente vem agüentando há algum tempo, tudo, exatamente tudo, desaba em cima da gente como uma avalanche. E quando estamos sozinhos o primeiro que aparece pra piorar a situação é o amor, parece até “clichê” mesmo, mas é a pura verdade. Porque nós não somos iguais aos animais, que só crescem se reproduzem e morrem, não; a dor causada por algum sentimento, por mais bruto que este pensamento seja, é a mais pura verdade.
            Às vezes eu me sinto mal por ter inveja, ainda mais se ela não existe. O imprinting que os lobos têm, é uma forma de explicar o amor à primeira vista que é real, que você é realmente feliz com tal pessoa e que não pensaria um segundo sequer em como fosse sua vida sem essa pessoa, porque a cada momento que esse pensamento vem, com ele, vem a dor e é tão forte que nunca é imaginável a não ser que se sinta. Esse sentimento de amor descrito por eles, os lobos, é o único sentimento que eu mais invejo, é o único sentimento que eu mais desejo, é tão fantástico saber que esse tipo de amor existiria. Mas é exatamente isso que eu sinto quando eu estou perto dela: fantasia. Tudo que existe quando eu converso com ela, quando eu olho pra ela, exatamente tudo é uma fantasia. Tudo se torna mais simples, mais feliz dentro de mim. É ela que me faz ficar assim, ela me faz feliz.
            Desculpe-me, Jacob, por estar dizendo sua frase quando sempre se relacionava a Bella falando que “Quando estou com ela, me sinto mais humano”. Ela me faz esquecer dos problemas e de tudo o que é bom e ruim, até mesmo do que é bom. Quando conversamos ali, somos somente eu e ela. Mas tudo isso acaba, quando existe a distância, tudo se torna escuridão, não que eu me importe, eu até prefiro, mas sempre vem com a distância a dor e o vazio dentro de mim. Mas eu sempre suporto, porque sei que a verei no dia seguinte.

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