segunda-feira, 12 de julho de 2010

Triste texto, triste tempo

Lápis. Caderno. Relógio.


Olho para o papel. Depois, para os ponteiros.
Não vejo sentido em nenhum deles. Ou talvez, quem sabe, o sentido seja a falta do mesmo.
Os ponteiros, desordenados, mostram como provavelmente estão meus pensamentos agora. Desconexos. Bagunçados.
O relógio me diz também que o tempo passou, mas, por mais que eu tenha me convencido de que me esqueci completamente do passado, ele volta, desgovernado, ocupando minha mente. E no papel... Não consigo escrever sobre nada além deste mesmo passado. Bom, ruim. Mágico, doloroso. Dolorosamente mágico. Magicamente doloroso. Sei lá...!

Tic, tac; tic, tac.
Tun, tun; tun, tun.
Meu coração segue o ritmo do tempo. Segue o modelo dos ponteiros. Segue as páginas do caderno - este, não foi livre de ter algumas páginas arrancadas.
Claro, não adianta nada. Um livro não tem sentido sem algumas páginas.
Não tenho sentido sem elas.
Será que, pelo menos, há algum sentido no que escrevo?
Acho que não.
E é exatamente assim como me sinto.
Sem sentido.
Sem razão.

1 comentários:

Unknown disse...

espero que esses devaneios não retornem! amo-te